sexta-feira, 19 de junho de 2009

Arteterapia: Terapia em Atos de Criação


O ato de criação não é um gesto voluntarista, requer aceitação do involuntário no voluntário. (Gilles Deuleze)

O movimento de criar é um transformar para conhecer. A criação traça linhas de fuga, movimento que fogem do que é estabelecido possibilitando a continua Re-Singularização do indivíduo, como uma montagem das cartografias produtoras de novos sentidos. Criar também pode ser visto como Experimentar, reexperimentar, experimentar o novo e com isso procurar alterar processos hegemônicos de subjetivação ditadas socialmente e culturalmente. Experimentar é poder ouvir este estrangeiro que se faz presente no ato de criação. A terapia (Arteterapia e Clínica Transdisciplinar) possibilita que haja uma polifonia, muitas vozes, muitas comunicações e diferentes conteúdos sendo comunicados. O corpo fala, o objeto fala, o sentimento fala, tudo fala, portanto escutar é habitar as multiplicidades, entrar em contato com diferenças para que finalmente possamos transformar estas diferentes percepções e comunicações em verbo.

Experienciar o "si mesmo", não como substância, mas como abertura de possibilidades. Para isso devem-se soltar familiaridades e certezas... Construir outras identidades e outras formas de lidar com o mundo e com os outros, apropriando-se destas outras possibilidades.


Anita Rink

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